Friday Feelings

Primeiramente o que tenho a dizer é meio obvio: sim! A Viagem é muito cansativa e estressante, porém vale a pena
fazê-la pelo menos uma ou duas vezes na vida.

As expectativas com o ônibus eram as melhores possíveis. O serviço que eu a minha companheira de viagem tinhamos adquirido, contava com serviço bordo, telas individuais de plasma e uma poltrona que virava cama, teoricamente. Ja volto a esta parte sobre o que tinha no ônibus. O horário de saída de Curitiba estava marcado para às 14:30, porém nosso agente de viagem já havia nos avisado que frequentemente o ônibus sofre um pequeno atraso de 30 minutos porque vem de São Paulo, onde o transito é caótico, mas nada tão grande, o que meia horinha poderia ter de mal? O problema foi que além do trânsito de São Paulo, aconteceu um acidente na estrada entre São Paulo e Curitiba... o ônibus chegou em Curitiba às 20:00 hrs. Eu e minha família estrelamos o curta "Um Dia na Rodoferroviária". Não culpo a empresa, não foi culpa deles. Saímos de Curitiba às 20:15 mais ou menos.

Voltando a parte do que tinha no ônibus, ou melhor, do que NÃO tinha no ônibus, não tinha nada do que era pra ter, as pontronas não se reclinavam 180º e não tinha uma tela de plasma para cada par de poltronas, não é que eu seja exigente, mas poxa quando você compra um serviço você espera tê-lo exatamente como você o comprou. Mas a parte do serviço de bordo, pelo menos era verdade. De Curitiba até Foz do Iguaçu, não tem nada, pelo que me contaram, parece que a lei brasileira não permite este tipo de serviço em território brasileiro (algo do tipo), assim que estavamos na argentina, (a empresa é argentina) eles começaram a servir todas as refeições, café da manhã, almoço, lanche a tarde e jantar, este último com direito a bebidas como las cervezas argentinas como a Quilmes, vinho, espumante e curiosamente Pepsi. Em todos os lugares em que se passava na Argentina existiam placas da Pepsi, por um momente pensei que era a preferida do povo argentino, mas depois um amigo do ônibus me disse que a preferencia é apenas pelo preço mais baixo e que a favorita era mesmo a coquita.


Existiam distintas pessoas no ônibus, a grande maioria, chilenos voltando ao patria mãe. Em outro post contarei sobre os que mais marcaram.




Definitivamente, andar pela malha rodoviária da Argentina é um tremendo pé no saco. As estradas são retas, um bocado de reta, uma curva e mais retas e ao fundo aquele matinho verde palido. Deu nos nervos ver isso por mais de 20 horas. Passamos basimente pelas cidades argentinas de Missiones, Posadas, Santa Fé, Cordoba e Mendoza.

No terceiro dia, chegamos a parte mais esperava da viagem, a passagem pela Cordilheira dos Andes. Estava sem neve é claro, mas mesmo assim foi algo de tirar o fôlego. Todas aquela montanhas e curvas, em determinados momentos eu ficava até enjoado de tanta curva. Na tarde de sexta-feira (terceiro dia) chegamos a Aduana entre Argentina e Chile, em plena paisagem andina, onde mesmo com sol, fazia muito frio, mas mesmo assim sai de camiseta, apenas para sentir a brisa andina, enquanto outras pessoas mais experientes de viagens deste tipo, saiam de cachecol, blusões etc. Existiam alguns 'comedores' ali em volta, onde comprei um sanduiche de presunto e queijo e um chocolate bem quente. Até todas as bagagens passarem pelo raio-x da rigorosa aduana chilena, passou-se por volta de 1 hora e meia. Depois desta parte andamos mais um bom tempo pela cordilheira, onde se deparamos com um acidente de um caminhão (houve um acidente nas estradas argentinas também, de um caminhão). Passamos pelo famoso caracol, que é uma sequencia de curvas em U que é beem alta, onde uma pequena falta de atenção pode causa um grande acidente.

Ocorreram muitas outras coisas na viagem, porém não me lembro muito agora. Quem sabe um outro dia mais tranquilo eu escreva sobre esta viagem com mais detalhes.